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segunda-feira, 17 de abril de 2017

"OS 13 PORQUÊS"

É mais que necessário falar sobre essa série. Quando começou o bafafá sobre ela , resolvi tirar um tempinho para ler sobre. 
Tenho lido inúmeros relatos sobre o tema suicídio. Esse tema importantíssimo.
Falar sobre suicídio, nunca foi fácil, pois envolve uma série de coisas, dentre elas a revelação do que se pensa que é. Durante meus 26, quase 27 anos de idade, eu já tentei 8 vezes me suicidar. E nesse tempo eu não sabia o que fazer com isso. Eu queria apenas que tudo acabasse. Durante essa semana li o relato do Tico Santa Cruz, e me emocionei, pois havia muito de Luana, naquele discurso.
Os treze porquês, nos faz olhar de fora, aquilo que passa por dentro.
Acho muito importante dizer que há caminhos que podem nos fazer livres.
Eu me encontrei na fé, e claro na análise psicanalítica. É preciso procurar ajuda, falar sobre. Entender que há meios de viver.
Falava eu na análise do meu desânimo para com a vida, e o quanto o sono me tomava, em um dormir para sempre. O processo de entrega disso, e o que se ouve do outro, é o que molda o caminho. Nunca aceitei intervenções psiquiátricas, embora fosse um pedido da psicanalista. Precisei dizer, e mais do que isso, precisei mostrar que para mim havia a descarga da angústia pela arte. Eu escrevo, sempre escrevo, essa é minha terapia, essa é minha escolha. Poderia numerar 13 porquês para me suicidar, mas prefiro citar os 13 porquês para viver.
1. Porque Eu gosto do outono, ele me faz respirar mais fundo.
2. Porque Eu amo meus pais, sei que sofreriam com minha partida premeditada.
3. Porque Eu amo escrever, imagina, quem iria me ler?!
4. Porque Eu ainda não fui África.
5. Porque Quem vai ensinar meu sobrinho à ler?
6. Porque Eu gosto de ver o céu Todos os dias.
7. Porque Quem vai falar sobre suicídio?
8. Porque Ainda faltam 2 obras de Shakespeare que não li.
9. Porque ainda não lancei meu livro.
10. Porque Eu não casei, e nem tive filhos.
11. Porque Eu amo rir do nada, seria uma "hiena" a menos no mundo.
12. Porque Eu gosto de falar.
13. Porque Eu ainda gosto de viver.
A primeira vez que tentei suicídio foi com 9 anos de idade, depois com 11, depois com 14, depois com 15, 17, 18, 19, 21, 23. Lembro de todas, era a forca, era a faca, era remédios, era veneno. Mas os planos do Altíssimo sempre foram maiores.
Falar é importante, mas é preciso que alguém ouça. Em 2008 eu escrevi uma carta, e minha professora do Ensino Médio, foi aquela que me uviu, não de forma verbalizada, mas pela escrita. É muito importante Ler o sujeito com intenções suicidas. Sempre estão dando sinais.
Vamos falar sobre isso?

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